terça-feira, 16 de julho de 2013

O singelo tratado da delicadeza de Socorro Lira

Achei por acaso perdido na Livraria da Cultura. Fiquei meio assustado com o preço e com o belo formato da capa, mas comprei na hora. Valeu por muitos.  Já tinha comprado o excepcional duo de Socorro com Osvaldinho - os sambas do rei do baião- na Passa Disco. Não fosse o garimpo desinteressado num fim de tarde em São Paulo e o Fábio da Passa Disco, não teria conhecido essas pequenas obras primas.
A primeira canção, Delicado, veio tocando na ponte aêrea do Rio a São Paulo hoje de manhã. Durante uma hora de vôo tranquilo ouvi a música inúmeras vezes e só desliguei quando fui alertado pela aeromoça. É dessas que nos elevam a Deus.
Da lavra dos grandes compositores nordestinos. Cheguei a lembrar do Meira, do Canhoto, do Capiba, e dos tempos em que ouvia os discos do Ednardo, do Zé Ramalho.
Há algo de sublime na voz e nas canções de Socorro Lira.
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Num outro fim de tarde em Paraty, em 1930 numa FLIP, depois de muitas cervejas no Che Bar, fui convencido por uma moça da Editora Abri a fazer uma assinatura eterna da Revista Playboy. Desgostei de ver foto de mulher pelada há algum tempo, mas a revista chega todo mês. Trago pra São Paulo e leio. A desse mês vem com uma entrevista de Ricardo Darin que vale a revista.
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Mais um fim de tarde em São Paulo friorenta. Restou-me a solidão, a entrevista e Socorro Lira. Dá pra levar.

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