segunda-feira, 16 de setembro de 2013

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos

1) Meu pai tinha prazer em consertar caminhões e fuscas. Passou a vida inteira consertando um jeep 57, que era dele desde 1957. Era dar uma lata velha e ele ficava logo procurando peça, acertando motor, reparando lataria. No final, era uma festa ver aquela geringonça funcionando. Foi com esse espírito que peguei o Iphone 3 da Laura. Primeiro, foi preciso trocar o motor, depois ajeitar a bateria e finalmente dar uma guaribada no visual. Rodei todos os expertises do camelódromo, ajeitei motor com um, bateria com outro, botei um TIM pré-pago nele. Está, digamos assim, uma boa m., mas funciona! 
2) O jeep do meu pai ainda está lá esquecido estacionado no velho galpão da Usina Santa Rosa. Dia 31 fiz 52 e antes de ontem, foi batizado do Lucas. Não houve um só momento nesses dois dias em que eu não pensasse no quanto eles me faltam.
3) Nunca fui de mandar flores. Em raras ocasiões muito especiais, paixões avassaladoras e alguns embargos infringentes, ao longo desses 52, enviei flores. Receber flores, então, nunca cogitei! Pois em 31 de agosto, ganhei rosas de Laura. Foi a coisa mais delicada e verdadeira que me ocorreu no dia.
4) De tudo que me aconteceu de bom nesses dois dias (meu aniversário e batizado do Lucas) , o melhor foi poder estar com minha família e desfrutar do afeto e da consideração das crianças. O  coração brasileiro e prestamista paga todas as outras coisas.

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