segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Denso negror

Esse calor insuportável, esse ar rarefeito, essa  cegueira que piora cada dia, essa perda de memória, essa desvontade de escrever, esse cansaço doído.
Parei de ouvir esses dias. Só estou ouvindo Elomar e Nana, dois tiros certos. Agora mesmo ela me manda o Último desejo, com Rafael e Hélio, não precisa mais nada.
Soube que Luisa saiu do face. Atualmente o face é a única forma de comunicação diária com meus filhos. Por caridade, volta, Luisa.
Abro o jornal e me dou conta de que morreram de forma violenta, duas pequenas referências - Eduardo Coutinho (81) e Philip Seymour Hoffman (46) - do primeiro, só vou citar As canções, que vi com Luisa. Não teve nada mais tocante no cinema em 2012. De Philip, acompanhei desde as participações em Perfume de mulher e Quase famosos, até Capote ou Antes que o diabo saiba que você está morto. Era um puta ator. 
Também parei de ler, exceto a página de esportes do Globo. Caí por acaso nessas manchetes aí em cima.
E, sim, o Prosa e Verso dedicou um caderno a Manoel de Barros, que - segundo conta -, aos 93 anos, e amargurado com a perda de mais um filho, está apagando aos poucos. Não é justo que quem ensinou tanto, simplesmente se vá. Manoel deveria ser eterno.

Um comentário:

Anônimo disse...

Difícil sentir o tempo passar , tb sinto esse cansaço, a falta de vontade , etc etc etc...bjus
Silvia

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