domingo, 9 de março de 2008

IDSS???????????

Em menino, meu irmão carregava pra debaixo da cama quando ia dormir, um pinico e um copo d'água. Medo de morrer de sede ou de vontade de fazer xixi. Era uma espécie de medicina preventiva intensiva.

Passei 3 dias em São Paulo no Hotel Jaraguá (meio A e olhe lá), ouvindo sobre gerenciamento de crônico, indicadores de desempenho, cartão de metas e outros programas de promoção à saúde. Saí de lá convencido da minha descomunal displicência com a pressão alta e a gordura trans e de alma lavada depois da retumbante vitória dos tricolores sobre os argentinos.

Um médico auditor é um sujeito preocupado com resultado. De uns tempos a essa parte, a auditoria médica tem invertido seu papel regulador policialesco e investido mais na certificação da qualidade do serviço prestado. Daí sua aproximação com evidência científica, consultorias de notório saber, e outras situações que, de alguma forma, influem na boa prática médica e quase sempre dão resultado positivo para o cliente e para a empresa.

Confesso que não conseguia enxergar direito as aplicabilidades da medicina preventiva para o médico auditor. Ponhamos assim: o médico auditor pode atuar de forma retrospectiva ou prospectiva ou ainda fazer auditoria de concorrência (per-evento). Nessa linha, investir em programas de medicina preventiva é uma nova forma de trabalhar com auditoria em saúde, de forma a antever a ocorrência e procurar evitá-la.

A parte disso, a Agência Nacional de Saúde, na sua persistência em repassar às operadoras responsabilidades que deveriam ser do Governo, estimula a prática de programas de cuidado à saúde. Reorientar os sistemas de saúde para priorizar ações preventivas é talvez um dos acertos mais bem apanhados da ANS.

A aplicabilidade dos conceitos de vigilância epidemiológica não são bem uma novidade, já existem no país desde 1967. Em São Paulo, vi programas muito bem feitos em todo o país, todos procurando diminuir o risco do adoecimento e da morte por causas evitáveis. E a conclusão inevitável de que prevenção dá lucro.

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No avião terminei de ler Marçal Aquino, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios. Belo livro, projeta Marçal entre os grandes ficcionistas brasileiros vivos.

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