domingo, 29 de junho de 2008

Das lembranças que eu trago na vida

Probablemente ya
de mí te te has olvidado
y sin embargo yo
te seguiré esperando.

No me he querido ir
para ver si algún día
que tú quieras volver
me encuentres todavía.

Por eso aún estoy
en el lugar de siempre
en la misma ciudad
y con la misma gente.

Para que tú al volver
no encuentres nada extraño
y sea como ayer
y nunca más dejarnos.

Probablemente estoy
pidiendo demasiado
se me olvidaba que
ya habíamos terminado.

Que nunca volverás
que nunca me quisiste
se me olvidó otra vez
que sólo yo te quise.


Nelinha me pede uma seleção pessoal Roberto Carlos. Trata-se de um acontecimento em nossas vidas. Não é um cantor a quem recorremos em tempo algum da nossa história comum. Fico feliz. Já queria reouvir esses discos há algum tempo. Roberto ocupou boa parte da minha infância e adolescência em Miracema. Depois foi se apagando de forma anárquica pela ordem natural dos meus gostos empolados, mas nunca foi de vez. Ainda acho sua voz admirável e gostaria muito que ele gravasse um song book só com canções de Tito Madi, como ele prometeu há muitos anos.
Um pedido de Nelinha é sempre especial. Debruço-me sobre a obra do rei. Filtro para a biblioteca cerca de 30 cançòes dos anos 60, 70 e 80. Depois de 1985, Roberto Carlos limitou-se a fazer homenagens às gordinhas, às míopes e a Deus. Pouco restou da boa canção romântica e dos tempos da jovem guarda. Ao final, as vinte selecionadas são dos anos 70 em sua esmagadora maioria.
Começo com três baladas frementes: Atitudes (Getúlio Cortes), Abandono (Ivor Lancelotti) e Eu preciso de você (Roberto e Erasmo). O disco já mostra a que veio. Afinal, o melhor e Roberto é voz e baba.
Depois Costumes (Roberto e Erasmo), pra mim um clássico. Prefiro com Bethânia, mas Nelinha me deu ordem expressa de só Roberto interpretando.
E ai vem Se me olvido otra vez, do mexicano Juan Gabriel. Tenho uma paixão muito especial por essa música, que conheci com Roberto mesmo (depois, interpretações menores do Mana e do Plácido Domingo). De forma que, entre Miracema e Laranjal, volto pra ela umas oito vezes, passando por todas mulheres que se foram de mim, mas em mim ficaram.
Na sequência, Amada Amante, e lembro de eu menino e meu tio Reginaldo tocando essa canção no violão. E Palavras e Detalhes, que obviamente não podem faltar em nenhuma seleta Roberto Carlos sob pena de prisão para o autor da seleção.
E daí Amigos, amigos e o fox I love you, com Roberto cantando em falsete, uma raridade.
E Quero ver você de perto, Benito di Paula. Em 1974, quando foi lançado esse disco, eu tinha 13 e meu pai ligava a eletrola telefunken bem alto todo domingo de manhã. Essas músicas ficaram impregnadas em mim. Até hoje quando ouço a entrada de Eu quero apenas, dá um nó gostoso, um nó antigo que não se fabrica mais. Desse disco, ainda aproveitei O Portão e A Deusa da Minha Rua.
Aí eu permto minha primeira desobediência: As curvas da Estrada de Santos só com Nara Leão e aquele arranjo blue do Antônio Adolfo. A outra foi Você, que Bethânia canta belissimamente acompanhada de João Carlos Assis Brasil.
E Outra vez, Isolda e Milton Carlos, também indispensável em seletas desse tipo.
Completam a seleção, À distância, Olha, Tu cuerpo (em espanhol claríssimo) e Eu te amo, com Roberto e Marisa.
A viagem hoje ficou mais leve. E espero que Nelinha goste.

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