segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Uma nova canção de afeto ou o que eu tenho ouvido ultimamente.

Compro e baixo discos e boto tudo no Itunes, um liquidificador eclético de canção e poesia. Ouço sempre na escolha aleatória, na barca, no avião, no trabalho, em casa.O que gosto filtro e seleciono para ouvir no carro. Quando chega a 18 canções, vira uma canção de afeto. Uma canção de afeto pode ser lapidada e ouvida muitas vezes no carro.
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Essa última canção começa com Rosa Passos, Não sei o que acontece, do álbum Rosa. É um disco delicado que também tem outras canções de afeto, já alocadas em outras seleções anteriores (Molambo, Sutilezas, Duas Contas, etc). Essa, de Alexandre Leão, apareceu do nada. Sou só mais um da turba de apaixonados pela baiana.
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A segunda é do disco novo de Tom Zé, Estudando a Bossa. A canção chama-se de: terra; para humanidade, e é dividida com Badi Assad. Um dueto que remete propositalmente a Esse teu olhar/Só em teus braços. Belíssima! Estudando a bossa é melhor que Estudando o Pagode e bate na porta de Estudando o samba, o disco emblemático de Tom Zé.
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Depois vem Vida em Marte, versão de Life on mars, do novo disco de Adriana Maciel, Dez Canções. Por enquanto, é o que chamou atenção no disco.
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E aí uma grata surpresa do disco do violonista paulista Rubens Nogueira: Questão encerrada, (letra de Paulinho Pinheiro) com Rubens e Juliana Amaral. O disco todo (Quando eu canto meu samba) é muito bom.
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A quinta veio também como quem não quer nada, do primeiro disco de Roberta Sá, Braseiro e chama-se Ah, Se eu vou.
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E aí vêm duas canções portuguesas das minhas musas de além mar: Mariza (Moçambique) e Ana Moura (Portugal) : Chuva e A sós com a noite. Não há o que falar dessas canções. É ouvir e se encantar.
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Eso que llevas aí, de um disco ao vivo de Fito Paez, ainda inédito no Brasil é uma das ótimas do disco.
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Também inédito aqui, o disco Sinatra, em que Michael Feinstein regrava a obra do ícone. Não é um disco desses de Fulano novo interpreta Sinatra velho. Feinstein já tem contribuições muito interessantes sobre a obra dos Gershwinn e de Berling, tendo inclusive trabalhado com Ira. Selecionei Beguin the beguine, linda, delicada. Onde estava Cole Porter quando fez essa canção? E Pixinguinha quando fez o Ingênuo? Creio que no céu.
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Depois Dejame do disco Pasion Bolero de Agustin Lara, que só ouvi recentemente.
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E aí, três canções enraizadas nesses Brasis de Mário de Andrade: Terra do Caranguejo, com A Barca, Queremos Navegar, com o Coral Nossa Senhora do Rosário e Gabiroba, com o Grupo Alumeia. Todas fundamentais.
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Depois uma valsa do disco que Piazzolla gravou com Osvaldo Pugliese: Desde el alma.
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As duas vozes mais bonitas que surgiram aqui nos últimos anos: Mônica Salmaso e Virgínia Rodrigues. Mônica comparece com Toada, de Mário Sève e Guilherme Wisnick, um acalanto que começa com o piano de Benjamin Taubkin e termina na voz de Mônica e na flauta de Mário. Esse disco de Mário (Casa de todo Mundo) é um achado! De Virgínia, selecionei Porto Araújo, de Guinga, do disco novo.
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Depois disso tudo, vem Paranoid Android do Radiohead. Eu sei que meus quatro leitores vão implicar com o fato de colocar uma canção manjada dessa numa seleção pouco óbvia. Quem me conhece sabe que prefiro gastar meu ócio ouvindo as canções da Expedição Mário de Andrade do que as do Radiohead. Mas como há tempo prá tudo, ouvi e gostei dessa música, tirada de uma antologia de dois volumes do conjunto.
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Finalmente, a versão de João Bosco para Pai Grande, do Milton. A canção é uma pérola e Bosco dá um tratamento muito especial a ela.
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Você pode ouvir Beguin the beguine com Michael Feinstein apertando o play aí de cima.

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