sábado, 25 de abril de 2009

Nelson Freire

Ontem foi um dia muito tranquilo pro trabalho. Por conta do feriado, apareceu pouca gente e foi possível colocar em dia algumas solicitações que já se acumulavam na mesa. Dias calmos assim rendem muito bem.
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Depois que cheguei em casa, botei o disco da Nana, abri um coca zero, e fiquei escrevendo aquelas coisas.
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"O acordo ortográfico é a derradeira e cabal prova de minha decrepitude. Faz a vista cansada e as dores nas costas parecerem um ressaquinha passageira. Entrei, inapelavelmente, para aquele time de velhos (assim eu os chamava) que jamais se entenderam com as mudanças ortográficas e, no meu tempo, botavam acento em ôvo (êpa, o corretor ortográfico já chiou). Agora é minha vez de experimentar o melancólico analfabetismo geracional." Esse parágrafo eu roubei do blog do Paulo Roberto Pires, porque é exatamente assim que eu me sinto. Vai ter que entrar por osmose, de outro jeito não!
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E aí hoje de tarde resolvi abrir o DVD do filme Nelson Freire. Sempre fui um admirador confesso do Nelson, mas fui deixando o filme pra lá e acabou ficando. Ainda estava com o selo de 20% da FNAC. Cara, nunca me arrependi tanto de ter perdido tanto tempo para ver um filme. É bom demais!
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Na verdade, o que o diretor João Moreira Sales fez foi pegar uns pedaços de filme e dar liga. Deu certo! O encontro com Martha Argerich, os concertos no Brasil, na França, na Bélgica, e na Rússia, tudo parece ligado por um fino fio de harmonia perfeita. A história do menino que teve que conviver com dois problemas sérios: doente e prodígio, o acerto com a solidão, a paixão por Errol Garner, tudo perfeitamente sincronizado.
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No final não dá prá falar outra coisa senão que a declaração da moça que saiu emocionada de um concerto: a gente pode contar nos dedos, os momentos mágicos como esse!

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