segunda-feira, 25 de maio de 2009

Silêncio, façam alas

Pense em alguém fazendo uma homenagem contida à Carmem Miranda. São essas coisas que você suspeita logo. De Carmem Miranda você já espera logo que a moça venha cheia de abacaxi e banana pendurada. Pois Ná Ozzetti fez. Um belíssimo tributo à Carmem em Balangandãs. Belo e contido como deve ser a música de Ná. Já entrou direto na concorrência entre os melhores do ano.
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Tributos não são novos na história da cantora. Conheci Ná Ozzetti através do disco Rumo aos antigos, ainda em vinil. Na época, já fazia um trabalho voltado para a boa e velha guarda, gravando Noel, Lamartine e outros especialistas. Ná gravou também um belo disco com standarts dos anos 50 pela Som Livre, quando ganhou o prêmio de melhor intérprete num festival da canção da Globo. A rigor, o que há de novo nesse Balangandãs é uma guitarrinha meio distorcida, que, vez por outra, chega a incomodar, parecendo essa coisa transâmbica.
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Rita Lee se repete mais uma vez em Multishow ao vivo. Ótimo, porque Rita consegue se repetir sem ser mais do mesmo. Só não sei porque Rita Lee renega suas canções mais apimentadas, mais vanguardistas, mais autênticas: as músicas dos Mutantes. Nâo há o que explicar!
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Mercedes Sosa também grava um disco belíssimo revendo seu próprio repertório e o alheio. Chama-se Cantora. Mercedes consegue fazer Shakira, com quem dueta em La maza (Silvio Rodrigues em seus melhores dias), soar bonito e firme.
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Com tanto jornal e revista em atraso, não consigo emendar Os cus de Judas. Mas é um livro difícil, já vou dizendo. Não é dessas coisas que você tem vontade de matar em uma noite não.

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