quarta-feira, 8 de julho de 2009

Fantasia inútil para um belo disco


A melhor homenagem ao centenário de Carmem Miranda foi Balangandans de Ná Ozzetti. Cada vez que ouço, só me faz gostar mais. Já até me acostumei com a guitarrinha insossa. Já até estou achando que insosso sou eu e a guitarrinha é coisa de gênio. É coisa de Mário Manga.
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Acho que foi assim 1:
Mário Manga quis fazer um disco pra filha, Mariana Aydar, e como soubesse que a filha é do samba, achou por bem homenagear Carmem. Mostrou o projeto, mas a moça já estava ocupada com Peixes, pássaros e pessoas e desistiu de gravar. Ná Ozzetti soube da história e pegou pra ela, ainda sem saber que faria um dos melhores discos do ano.
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AQFA 2:
Ná Ozzetti teve um estalo de aproveitar as músicas que pesquisou para o disco Rumo aos antigos, obra prima dos anos 80, e acrescentar mais coisas do repertório de Carmem e fazer um disco homenageando a moça. Chamou Dante e Manga, que toparam na hora, a empreitada.
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AQFA 3:
Rodrigo Rodrigues deixou póstumo um projeto de gravar um disco em homenagem a Carmem Miranda depois do primoroso Fake Standarts, mas morreu antes de colocar voz. A música brasileira perdeu um vocalista ímpar, mas o projeto foi salvo por Ná Ozzetti.
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Nenhumas dessas historinhas é verdadeira, mas tem qualquer coisa de Rodrigo em Balangandans, tem muito de Manga, e poderia ser perfeitamente gravado por Mariana. É um belo disco!

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