sábado, 11 de julho de 2009

Receita de sábado



Retorno hoje aos marasmos de sábado em Niterói. O ideal é ler, ouvir, ver, não necessariamente nessa ordem. Seria bom se pudesse acrescentar o caminhar, mas ando muito cansado para retornar às velhas caminhadas. Quando tive um primeiro surto depressivo quem segurou a barra foram o Jadim, a Tia Cicida e o caminhar. Até descobrir a química, era caminhar até o final da Praia de Icaraí e na volta, passar na Tia Cicida para um café e uma conversa. Ela me deixava a vontade pra falar sobre o que eu quisesse, nunca perguntava nada e assim a gente foi indo durante perto de um ano. As caminhadas começaram no horário de verão, mais afeito à caminhadas, porque se pode caminhar ainda de dia. Caminhar serve para ruminar as coisas do pensamento. Serve para entender muita coisa. E é um forte gerador de boas idéias.
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Para ouvir, esse disquinho Deux Fleurs avec Tom Waits, onde um trio de bandoneon, bandolim e percussão visita a obra do cantor, está ocupando meu ouvir hoje. A voz da moça é de privada de pé sujo em fim de noite, bem ao jeito de Tom. Ótimo!
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Para ler, além de jornais e revistas que sufocam meu quarto, Lawrence Block, O ladrão que estudava Espinosa. Adoro Block e seu noir infectado. tipo Bilhete para o Cemitério ou Uma longa fila de Homens Mortos, onde um policial alcoólatra decadente reina nas histórias.
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Para ver, Fringe, um seriado maluco dirigido por JJ Lost. Diferente de Lost, mas igualmente bom. Já estou no final da temporada.

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