domingo, 30 de agosto de 2009

Quando eu me chamar saudade


Meu ganho desse domingo foi ter conversado um pouco com Laura de manhã. Quando conseguimos harmonizar nossas sintonias, rendemos bastante bem. Falei de mim, de Mário de Andrade, de música, de dança e de carreira. Laura está num momento de dúvida com relação ao seu futuro e ao mesmo tempo, vive a intensidade dos 16/17 anos, produz muito, está sempre plena de atividades, costura o próprio pano que usa para bailar. Vive.
Custei muito para aprender que só conseguimos viver, quando não temos espectativas. Quando não esperamos mais do que o minuto seguinte. Só assim é possível se dar ao trabalho, se dar aos filhos, se dar ao amor. Como em Cecília "Eu canto porque o instante existe, e a minha vida está completa".
Foi isso que tentei passar pra Laura. Esse clichê diário de VIVA CADA MINUTO.
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Soube hoje pela manhã da morte de Doalcey Bueno de Camargo. Em 71, quando comecei a me apaixonar pelo futebol e pelo Fluminense, Doalcey fazia com Jorge Curi e Waldir Amaral, a santíssima trindade da locução esportiva. Na época, o Fluminense era um time de fibra moral e jogava com Félix, Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio, Denilson, Cafuringa, Didi, Flávio, Ivair e Lula. Não havia jogo na TV, a gente só ouvia Doalcey, Wadir, Curi, Vianna. Era um Fluminense que não ganhava muitos títulos, mas a gente tinha muito orgulho do time assim mesmo.
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Hoje o Fluminense não é nada. Está enterrado na lanterna do Brasileiro sem a menor chance de sair dali.
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Anat Cohen dá um trato em Quando eu me chamar saudade do Nelson, de fazer chorar cada nota do seu clarinete.

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