segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uma nova canção de afeto ou o que eu tenho ouvido ultimamente

De nada adiantaram as preces de Amália. Acordei amoado e letárgico, sem vontade de ir pra Bahia, São Paulo ou para o trabalho. Pernas e pés se movimentam para as Barcas ainda pesados, parecem dormir. Sou um resto de pilha fraca.
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Depois aprumei. E deu vontade de escrever sobre o que fui e vim ouvindo na viagem. Uma nova canção de afeto, saída do aleatório do Itunes e ouvida a exaustão. Pra entrar nesse critério, a música tem pelo menos que ter a obrigação ter tocado por 3 vezes seguidas.
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Começa com Ai se sesse, poema de Zé da Luz, narrado por Lirinha do Cordel do Fogo Encantado no disco homônimo. Nunca dei muita bola pro Cordel. Vejo que perdi um tempo significativo.
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Depois O Pidido, já contado aqui, a canção do Elomar transformada em voz, sanfona e rabeca por Maisa Moura. E o Cantar que Luisa Possi fez , acrescentando vida ao choro melancólico de Godofredo Guedes, seguido de Luciana Souza, Our gilded home, belíssima canção do disco novo, Tide.
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Tiê contribuiu com Te valorizo, de um disco cheio de canções bonitinhas. E depois, Tanto, com Beth Bruno, de um demo que a Beth deu pro Jadim. Beth Bruno é uma das vozes mais bonitas da nossa música. Há muitos anos, na madrugada silente da Fazenda do Everardinho, vi Beth fazer um Manoel, o audaz a capela, de não esquecer nunca. Não sei se ela vai ficar satisfeita de saber que estou incluindo uma música que ainda nem saiu em disco na minha canção de afeto, mas é muito provável que ela nem vá saber desse texto.
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Ai vem, do ótimo disco Chocolate, de Maria João e Mário Laginha, um embriagado When you wish upon a star. Depois Navalha do disco novo do João Bosco e Going to a town, de Rufus Wainwright.
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Em seguida, Mangue e Fogo do disco São Matheus não é um lugar assim tão longe de Rodrigo Campos. Esse disco foi tão incensado por Antônio Carlos Miguel do Globo, que alimentei maiores espectativas. Mas é um bom disco. O que mais gostei nele foi da voz de Luisa Maita.
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E aí Viejo Tronco, Hector Napolitano, el viejo Napo do Equador. Um ótimo disco que descobri na rede, por acaso.
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A versão de Gary Burton para Adios Nonino redescoberta recentemente. É uma incelença de chorar muito.
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Do disco de Maria Gadu, separei A história de Lilly Braun, de Chico e Edu, que a menina faz muito bonito, não ficando nada a dever à versão de Gal Costa.
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É isso. As canções de afeto conversam comigo na viagem. Sempre nos entendemos muito bem. São recomendáveis para todos os males. Você pode ler sobre outras aqui.

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