segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cheiro de chuva

Estranho esse centro fechado, pouca gente circulando, a cantareira calma. O dia do comerciário levou o Cláudio da Escuta Som, o Maurício do Alfarábi, a Sílvia do Beringela e outros menos cotados para o descanso e deixou o velho centro vazio.
Estranhei, óbvio. Pareceu-me inadequado estar aqui só a trabalho. O dia todo foi muito lento, o trabalho não rendeu mais do que o usual. A empresa, em conformidade com a total incompletude do ambiente, resolveu dispensar os funcionários às 16 e 30.
Cheguei a pensar que pra mim talvez ficasse inviável trabalhar aqui sem esses complementos da hora do almoço.
...............................................
Outros fenômenos tornaram a segunda lenta: o início do horário de verão, quando se perde uma hora de sono, e o clima desigual da noite niteroiense: começa abafado, depois congela.
................................................
No início da noite, uma chuva torrente e prematura veio como uma bênção. Fiquei na janela ouvindo aqueles pingos urgentes. Esse cheiro de chuva percorre minha vida inteira como um sentimento misturado de paixão e medo.

Nenhum comentário:

Triste cuíca

Aceitar o castigo imerecido Não por faqueza, mas por altivez No tormento mais fundo, o teu gemido Trocar um grito de ódio a quem o fez As de...