segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Trato do homem

Até admiro quem goste, mas devo dizer: não gosto de animais domesticados. Nada me entedia mais do que um cavalo trotão, um cão latindo e um gato quizilento (quem chamou os gatos de quizilentos, foi Drummond, não eu!). Em Odete Lima, criava os indomesticáveis gansos para substituir os cães. Hoje cedo antes de pegar a estrada, fiquei a ver a procissão improvisada (a oficial é só de noite) de Nossa Senhora de Aparecida passar em frente à casa dos meus pais.
Primeiro vieram os cavalos. Depois motos buzinantes, depois bicicletas, depois gente, e finalmente os carros. Dois dos carros tocavam música breganeja numa altura que faria corar Aparecida de vergonha.
Um dos cavalos estava com gastroenterite e começou a fazer suas necessidades em frente a casa de minha mãe. Vim sentindo cheiro de bosta fresca, impregnado nas minhas narinas melequentas de rinite até a Serra do Capim. Clarice definiu os cavalos como os mais nus dos animais. Se visse aquele alazão se borrando todo hoje, ia ficar mais convicta ainda.
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Sou do tempo em que o que mais enfeitava a mulher ainda era o trato do homem, como diria Vanzolini. Fiquei espantado de saber que um amigo meu está se separando por iniciativa da mulher! Como assim?????

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