domingo, 1 de novembro de 2009

Dádivas


Meus filhos já saíram dádivas da barriga das mães. Eu não fiz nenhum esforço para transformá-los no que são hoje. É algo parecido com autêntico, com quem está buscando seus caminhos de forma independente. Ontem fiquei surpreso ao ver Luisa (13) encarar o palco para uma performance vocal. Um rock pesado que nunca fez parte da cartilha de ensinamentos musicais que acostumei-os a ouvir. Luisa menininha cantava Sinhô e Noel que tocavam em casa ou no carro. Levei susto. Fiquei ali contemplando meio babão meio surpreso.
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Já venho me acostumando a ver Laura dançando lindamente há muito tempo, mas é sempre uma emoção nova. Luisa já tinha tocado umas canções pra mim. Mas ontem ao vê-la encarar platéia e mandar ver, acreditei que alguma coisa muito forte estava brotando daquele palco.
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O mais que eu possa escrever do orgulho que eu tive, de que foi uma apresentação linda ou qualquer coisa parecida, poderá dar uma idéia de puxa-saquismo paterno. Luisa não gosta disso. Não quer o elogio gratuito. Fico por aqui. Mas nada vai tirar de mim a sensação gratificante de ter saído de Pádua com o coração em festa.

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