quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lauririri

Retorno a essa foto porque é a que eu mais gosto de nós dois. Era uma época em que eu tinha mais cabelo e menos barriga e você já tinha esses olhinhos brilhantes de quem quer ver o Mundo. Depois eu iria descobrir que eram de quem quer sair pelo Mundo dançando. Depois eu iria descobrir que eram de quem tivesse o afeto e a maturidade de ter olhos amigos para o próprio pai.
Laura, nem sei o que dizer nesse dia. Se pudesse "volver a los 17" que você está fazendo hoje, iria apaixonar-me perdidamente pela menina que dança, que faz, acontece, que brilha a cada passo do caminho, como brilham seus olhinhos nessa foto mágica.
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No fundo do poço, reencontrei Nelinha. Ainda é ela mesma. Solidária, afetuosa, de uma retidão de caráter indescritível nos dias de hoje. E parece feliz com o Mundo. Seu rosto liso denuncia uma serenidade interior muito grande. Está, sem dúvida, muito bem com ela mesma. E faz-me um bem enorme sabê-la assim.

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