
De 2003 pra cá, têm aparecido canções derradeiras, inéditas ou não gravadas do compositor. Alice Ruiz tinha uma fita cassete inteira delas. Zélia gravou algumas. Ney Matogrosso tem gravado e Zeca Baleiro produziu o pedaço de disco que Itamar começou a gravar com Naná Vasconcelos, diga-se de passagem, um pedaço de disco que vale por muitos discos inteiros. Conheci Itamar através do vinil Às próprias custas, que depois a Baratos Afins lançou em cd com um som horrível. Depois o Flávio me presenteou com os discos das Orquideas e daí foi crescendo uma paixão arrebatadora pela sua música. Só o vi uma vez aqui no CCBB do Rio com Arrigo Barnabé, quando ele desconstruiu uma canção do Djavan (Boa noite), que deixou a platéia em transe.
Pobre do país que tem gênios e não aprende a valorizá-los. Itamar morreu desconhecido da mídia, é possível que daqui a milênios, alguém mais do que uns cinco ou seis gatos pingados como eu, possam ouví-lo com a atenção que merece.
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