quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mofando em Congonhas

Aguardo silente o vôo Gol 1218 para Campo Grande. Acabo de chegar do Rio. No avião serviram miojo - uma massa grudenta que o piloto teve o topete de chamar de comida típica italiana. Alterno momentos em nem sei o que faço ou pra onde vou com momentos de pugente lucidez. Nem sei quais são os melhores.
Aceitei essa tarefa há um ano atrás e não dava mais pra correr. Tenho uma clara admiração por pessoas que conservam o tino da responsabilidade e do profissionalismo. Como o amigo Paulo, que veio à São Paulo no meio do temporal no Rio de antes de ontem para aplicar a prova de título. Contou-me com riqueza de detalhes sua odisséia. Quase teve que dormir no aeroporto.
Estava eu decidido: ao menor sinal de atraso no vôo, arranjaria logo um motivo para declinar. Infelizmente, meu vôo só teve os atrasos convencionais, que são aqueles em que já não dá mais pra voltar atrás.
Aguardo em Congonhas um desses atrasos normais. Não há võos diretos do Rio para Campo Grande ou Cuiabá.
Só quero chegar e procurar algum detalhe do meu quarto no quarto do hotel que me dê alguma esperança. Alguma perspectiva de que domingo eu vou estar em casa a essa hora e Laura estará dormindo calma no quarto ao lado.

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