sexta-feira, 25 de junho de 2010

Outros tempos


"Minha cara no espelho já diz tudo
Desconfio de um carma secular
Pelo jeito, eu também sou um embrulho
Mas eu juro, deste muro
Amanhã vou me jogar."

Paulinho da Viola, Memórias conjugais

No campeonato de perdas inúteis de tempo, o empate Brasil e Portugal entrou em segundo lugar nas perdas de tempo do século, sendo superado somente pelo fime O Sacrifício, com Nicolas Cage. Duas horas de apatia e tédio, com os dois times retrancados e satisfeitos com o empate desde o início. Se é a isso que o Dunga chama eficiência, logo logo teremos problemas com ela. Chile e Espanha fizeram uma partida muito diferente, boa de ver e o Chile não vai entregar a vitória fácil .
Mas o pior de tudo é que é Copa do Mundo, são poucos jogos, decreta-se feriado nos dias, o trabalho é interrompido pelo jogo, o congresso é interrompido pelo jogo, a rotina de todos é interrompida pelo jogo, e você é obrigado a ver isso. Não há como fugir desse Brasil sem graça!
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Por outro lado, aproveitei pra dormir bastante de tarde. Um sono confuso, de quem já não tem esse costume há séculos, mas enfim, uma espécie de descanso forçado.
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Celso Viáfora está lançando disco novo. Foi a melhor nota musical da semana. Chama-se Batuque de tudo. O compositor estava tão sumido que comecei a achar que ele tinha abandonado a música. Paulista e salgueirense, parceiro eventual de Ivan Lins, Viáfora é desses compositores que, quando lançam disco, a gente compra sem ouvir. O que mais gosto é Basta um tambor bater. Aquele disco foi uma espécie de companheiro das horas difíceis em outros tempos nem tão longes. Foi uma fase de grandes perdas. Até hoje me emociono quando ouço seus sambas.
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Teve um tempo que só tinha a música e o calçadão da Praia das Flechas. E Viáfora não saía do meu ouvido.

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