quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pouco

Uma quarta como outra qualquer, complicada pelo atraso do 49, pela quebra do elevador, por um resfriado meio besta. E assim passam-se os dias. Uns mais cansativos que os outros. Pensei em Ron Carter no CCBB, já era tarde. No Ipod, Luiz Carlos Borges e amigos argentinos, Martha Wainwright's cantando Piaf e outros já citados ontem. Não há muito que dizer. São tempos difíceis. Trabalha-se muito e quase todo dia, pode-se dar uma passada no sebo na hora do almoço pra jogar conversa fora com João e Raimundinho. Raimundinho é amante das orquestras dançantes dos anos 50. Dê um Waldir Calmon a ele que sai rodopiando pelo centro. Já João gosta de Miltinho, Cauby, Ângela, é mais moderno.
Uma velha amiga reclama que eu escrevo pouco. Não há muito o que escrever. Como na canção do Dori, restou-me lutar para não ser infeliz, muito mais do que ser feliz.
Estou lendo dois livros ao mesmo tempo, o que pode ser interpretado como um mau sinal: o ótimo Olívio de Santiago Nazarian e o aindanãodápradizerque é ótimo Os suicidas de Antonio di Benedetto. Ambos são literatura de abismo. Mas já me impaciento porque Philip Roth, A Humilhação já está a espera na estante.


É isso. E ainda é muito pouco.

Um comentário:

kellen disse...

nossa, que bonito o blog! adorei :)

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