sábado, 1 de janeiro de 2011

Três anos desconversando

"Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro."

Mário de Sá Carneiro (Lisboa, fevereiro de 1914)

O velox funcionou bem no resto dos dias, mas aí a síndrome de abstinência já tinha passado e parei de acessar.
O ano novo veio bonito como tem vindo desde sempre. Só me atrapalhei com a oração da minha mãe à meia noite e esqueci de estourar o proseco que estava reservado na geladeira. Fica pra próxima. O resto deu tudo certo, com filhos rondando pela casa, amigos de muitas décadas, meus pais e um porre homérico de antártica sub zero.
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Três anos de blog e achei que já tinha dado o que falar. Tive um branco de escrever bobagens. Tentei um alternativo, mas caí no mesmo abismo. Até que percebi que o blog nasceu da necessidade que eu tinha de escrever pra mim mesmo. E me lembrei que nos melhores tempos, eu me divertia lendo velhos textos e achando engraçado aquilo tudo. Tenho que confessar sem falsas modéstias, até porque trata-se de um total despropósito, que meu maior leitor sou eu mesmo.
Foi assim que decidi continuar postando. Sem ritmo, improvisado, desconvexo, mas alguma coisa precisa ser extraída dos meus dias bestas. Feliz ano novo!

2 comentários:

Danilo Havelange disse...

Ser o leitor de si mesmo é o que há. Assim como eu, sei de muitas pessoas que escrevem pra si mesmas.

Feliz ano novo!

Francisco Lima disse...

Valeu, Danilo! Pra vc também!

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