terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O B R I G A T Ó R I O

Das vantagens de se ver um filme dez anos depois de lançado: é possível ver um ator que aprendemos a admirar desde cedo e já nos deixou, saltar de um filme fresquinho como se tivesse filmado ontem. Foi essa sensação acolhedora de ver Raul Cortez em Lavoura Arcaica. Raul é a alma do filme.
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A faxina de domingo me levou ao DVD de Lavoura Arcaica. Li o livro ainda menino (devia ter uns 33) e tinha ficado confuso com a narrativa densa de Raduan Nassar. O filme completa o livro. Explica o livro. A opção de usar os diálogos não de forma convencional, mas tal qual foram escritos, torna o filme uma récita do poema. Porque Lavoura Arcaica é, antes de tudo, um belo poema. Com boas atuações de Selton Melo e Leonardo Medeiros, além de uma iluminada Simone Spoladore (que atriz, que mulher!), o filme acabou me prendendo noite adentro, ultrapassando os limites racionais do bom sono e do fuso horário de inverno. E ainda me levou algumas horas de pensamento convulsivo que nem toda tarja preta do Mundo abrandaria.

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