quinta-feira, 24 de março de 2011

Artroplastia total de joelho

Fiz medicina pra fazer psiquiatria. No segundo ano, um colega estudioso de psiquiatra me convenceu que eu não tinha talento algum para a especialidade. Comecei a me envolver com a clínica médica e depois com gestão de saúde, onde me encontrei. Acho que presto para alguma coisa fazendo gestão.
Certo mesmo é que sempre fugi da cirurgia por falta de mão e talento, naturalmente. Instado a entrar num centro cirúrgico, estranho aquele cheiro, aquele habitat natural de toda equipe cirúrgica, fico pouco à vontade.
Hoje minha mãe colocou uma prótese no joelho direito. Chamado à responsabilidade de filho e médico, lá fui eu.
Não é uma experiência muito confortável assistir uma artroplastia de joelho. O instrumental é de carpintaria de luxo: martelo, serra elétrica, furadeira. E o ortopedista não pode ter cerimônia em martelar, furar e serrar. A perna, depois de isolada por muitos panos, parece amputada. Mas flete, estica e roda como qualquer perna. E o cirurgião tem prazer em ficar fazendo movimentos com a perna esquecida do resto do corpo temporariamente.
Garanto, não tive engulhos, mas saí de lá convicto de que no meu, não!!! Meu joelho vai apodrecer do jeito que está. Sem ferrolho.
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Sempre acreditei no futebol do Deco. Para os mais céticos (inclusive Chicó) argumentava que um dia ele revertia essa onda de contusões e jogava bola. O dia foi ontem. 30 minutos de Deco, Fluminense 3x2 América do México. Chicó nem atendeu o telefone. Devia estar comemorando!
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Vejo outra vez, com inenarrável prazer, a primeira temporada de Deadwood. Alone again. Deadwood parece aqueles velhos filmes que você faz questão de ver de novo e sempre aparecem de modo diferente.

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