sábado, 14 de maio de 2011

Sempre se pode sonhar

Saí
Antes do dia amanhecer
Deixei Adoniran me consolar
Senti tanta tristeza me envolver
Sem reagir
Lutei para esquecer aquele mal
E perdoar

Talvez
Quando a verdade aparecer
A dor faça você me procurar
Porém a luz maior de um bem querer
Quando se apaga é pra valer
E não acende nunca mais.

Eduardo Gudin e Paulinho da Viola

Ontem foi um dia de coisas interessantes. É certo que terminei a noite só e reflexivo, vendo os últimos capítulos da segunta temporada de Em terapia, mas até isso conta.
De manhã, a conclusão da reunião da Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências foi bastante profícua. Fazemos isso a cada dois meses. Como se fosse uma imersão, começamos na quinta cedo e só paramos na sexta meio dia. São horas de aprender e produzir ao mesmo tempo. Eu aproveito.
Depois vim pra Miracema com Leticia. Como tem sido há tempos, resolvi vir nos 44 minutos do segundo tempo. Vacilei até a hora de pegar o táxi. Mas vir com Letícia tem todo um ritual de boa palavra, boa música, a conversa afinada de velhos amigos que sofreram juntos, choraram juntos e agora não têm mais nada para mostrar um para o outro, exceto o afeto recíproco. Por isso são sempre tranquilas essas viagens, e como passam depressa! Elas vão muito além da caroninha oportuna.
Logo que cheguei, liguei pro Jadim e fomos comer um crepe aqui perto de casa. Mais um pouco de conversa fora. Ele lembrou de uma canção do Roberto Ribeiro (Partilha) que eu já tinha deletado há muito tempo. Tenho tentado lembrar a ele dessa canção Sempre se pode sonhar, da parceria bissexta do Gudin com o Paulinho, que está faltando para o grupo, que já toca Ainda mais há muito tempo.
Hoje acordei e fiz meu próprio café. Diô está com dengue. A cidade estava especialmente silenciosa e fria no meu quarto essa manhã. Concluí que é bom estar aqui longe dos barulhos do Rio, ainda que seja para fazer a mesma coisa.
Sinto falta de Chicó, Laura, Luisa, mas cada um resolveu seguir seu próprio caminho nesse fim, de semana.

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