sábado, 10 de setembro de 2011

Notas de Búzios

"O pessimista reclama do vento.
O otimista espera ele mudar.
E o realista ajusta as velas."

Lars Grael, ontem em Búzios

Sempre achei essas palestras de auto ajuda um saco. Continuo achando. Mas ouvir Lars Grael contando sua vida, sem nenhuma pieguice, ontem em Búzios, me fez bem. Também vivi, em outros tempos, uma amputação acidental. No meu caso, não levou nenhum membro, mas botou por água abaixo um projeto de vida para o qual, eu me dediquei inteiramente, corpo, alma e coração. Sei que há um certo exagero nisso tudo, mas também há para mim, um claro paralelo entre acordar sem uma perna e acordar sem um sentido para a vida.
E o que tenho feito de 2002 pra cá senão ajustar as velas?
A dissertação de Lars Grael me deixou ainda mais realista com relação á vida. Como ele, sou um sobrevivente que de certo modo, venceu. E minha perna mecânica é essa necessidade diária de ver meus filhos bem. Costuma ser pra eles que acordo todo dia.
No mais, tudo é menor. Filhos, trabalho e uns poucos amigos, no mais tudo é menor.
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Passei dois finais de semana seguidos, antes de Búzios, absolutamente atípicos. O amor veio e se foi, Odete Lima veio e se foi. No final das contas, sobramos eu, uma caixa de opereta e The lying game, uma série americana bem fraquinha.
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Por outro lado, consegui me reconectar à música. De um átimo, botei pra tocar Rômulo Fróes, Um labirinto em cada pé, Panorama do choro paulistano, A voz da mulher na obra de Taiguara, Valter Silva, Diálogos de um chorão, Noca da Portela e Raquel Tavares. Vou ouvindo, depois eu conto. Enquanto gira o Mundo bizarro.

Um comentário:

Ti disse...

to quase desistindo de vc!!!!!rsrsrrs

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