Sonha o rico em sua riqueza,
que mais zelos lhe oferece;
sonha o pobre que padece
sua miséria e sua pobreza;
sonha o que inicia a destreza;
sonha o que afana e pretende;
sonha o que agrava e ofende;
e no mundo, em conclusão,
todos sonham o que são,
e que é assim ninguém entende.
Eu sonho que estou aqui
destes grilhões carregado
e sonhei que em estado
mais lisonjeiro me vi.
Que é a vida?: um frenesi.
Que é a vida?: uma ilusão,
uma sombra, uma ficção;
e o maior bem é bisonho,
que toda a vida é sonho,
e os sonhos, sonhos são.
Calderon de La barca
Estive com Silviano Santiago na FLIP de 2007. Tinha acabado de ler Em liberdade, ensaio em que o autor dá uma continuidade ficcional à Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos. Estava encantado com a obra e fui para a fila de autógrafo. Silviano não só autografou, mas fez questão de comentar sobre o livro e posar para uma foto comigo. Depois me falou da importância da aproximação entre o escritor e seu leitor. Hoje no lançamento do meu livro aqui na Convençao, lembrei de Silviano.
Trouxemos 400 livros para o evento, que se evaporaram em menos de uma hora, mas ninguém ficou sem seu autógrafo. Lá pelos 200, com a mão doída, me sugeriram apenas entregar. Eu nem cogitei.
A Convenção terminou há pouco com show de Elba Ramalho. Como Fagner, com altos e baixos. Uma banda competente, porém do mesmo jeito, com essa mistura de instrumentos percussivos com elétricos, sanfona com teclado, guitarra com zabumba, dando à apresentação um tom pasteurizado e muitas vezes, tedioso. Curioso que Elba tenha se enveredado pelos sons elétricos, quando seus dois últimos melhores discos foram justamente aqueles repletos de instrumentação crua (Baioque de 97 e Leão do Norte de 96). Gostei dela ter cantado Tareco e Mariola de Petrúcio Amorim, fui lá nos velhos discos de Maciel e Flávio José.
Uma libação de camarão e lagosta no Coco Bambu ontem a noite, me deixou meio banzo, com o estômago aperreado durante o dia de hoje. Evitei o vinho e a virtude e vi o show de Elba careta. Foi bom assim mesmo.
Trouxemos 400 livros para o evento, que se evaporaram em menos de uma hora, mas ninguém ficou sem seu autógrafo. Lá pelos 200, com a mão doída, me sugeriram apenas entregar. Eu nem cogitei.
A Convenção terminou há pouco com show de Elba Ramalho. Como Fagner, com altos e baixos. Uma banda competente, porém do mesmo jeito, com essa mistura de instrumentos percussivos com elétricos, sanfona com teclado, guitarra com zabumba, dando à apresentação um tom pasteurizado e muitas vezes, tedioso. Curioso que Elba tenha se enveredado pelos sons elétricos, quando seus dois últimos melhores discos foram justamente aqueles repletos de instrumentação crua (Baioque de 97 e Leão do Norte de 96). Gostei dela ter cantado Tareco e Mariola de Petrúcio Amorim, fui lá nos velhos discos de Maciel e Flávio José.
Uma libação de camarão e lagosta no Coco Bambu ontem a noite, me deixou meio banzo, com o estômago aperreado durante o dia de hoje. Evitei o vinho e a virtude e vi o show de Elba careta. Foi bom assim mesmo.
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