quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Essa saudade, o cigarro, a luz acesa


Quando Você for-se embora
Moça branca como a neve
Me leve, me leve

Se acaso você não possa
Me carregar pela mão
Menina branca de neve
Me leve no coração

Se no coração não possa por acaso me levar
Moça de sonho e de neve
Me leve no seu lembrar

E se aí também não possa
Por tanta coisa que leve
Já viva em seu pensamento
Moça branca como a neve
Me leve no esquecimento

Ferreira Gullar/Fagner

Aula espetáculo de Ariano Suassuna, show de Fagner no Coliseu, Fortaleza nunca esteve tão florida. Meus olhos secos agradecem.
Não contei aqui da última vez que lacrimejaram, no meio daquele fim de semana agourento, quando assisti, com dois anos de atraso, à Piaf. Foi Marillon Cotilard no Non, je ne regrette rien do final do filme que me afrouxou. Já tinha chorado com Bibi, chorei com Marillon.
Hoje quando Fagner puxou Asa Partida, chorei também. Já havia um esboço de lágrima na Cantiga pra não morrer (letra acima), Asa Partida me levou de vez.
O show foi uma coletânea de sucessos do artista, uns bons outros ruins. Fagner acertou em cantar Paralelas (Belchior), mas fez feio na pieguice Guerreiro Menino, de Gonzaguinha. A banda boa, os arranjos nem tanto. O saldo foi positivo.
A tarde foi encantada pela aula de Ariano na convenção (clicado acima por mim). Com sua voz enjoada e pigarreante, foi levando sua antologia de casos impagáveis. A platéia delirou. Oitenta e quatro anos e ainda guarda aquelas dezenas todas.
Fortaleza tem sido uma surpresa cada vez mais agradável nesses dias. Deus conserve!

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom que está feliz!! Bjus

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