quarta-feira, 3 de julho de 2013

O meu lábio não diz, o meu gesto não faz

Noite de hotel em São Paulo fria, não  paro de ouvir repetidas vezes as canções depressivas de Caetano, com ele próprio, com Gal, ele de novo.
Saí da empresa às 19, passei no chinês pra botar película no celular, na Cultura pra comprar o novo de Vítor Ramil, no Viena pra jantar e cheguei aqui de peito vazio e ainda assim farto
No Rio nao há tempo para esses lirismos solitários.
Saudade dos tempos que saía de noite pela Paulista, que ia parar no Satyros para assistir uma peça do Mário, que percorria os sebos do velho centro com a avidez dos bons garimpeiros.
Encontrava ouro na Baratos Afins (os primeiros de Itamar, Arrigo, Premê, Vânia Bastos...), nos sebos da 24 de maio, onde podia se comer um bom bife, na Mauro Discos.
Agora fico aqui travado nesse hotel um A, que de perfeito, só tem o bom chuveiro. Que raiva que me dá desse homem do bom banho que eu me tornei em São Paulo!

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