terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ainda o disco de Gonzaga Leal



Deu vontade de ligar pra Leticia, pro Ronaldo, Lugarinho, Marila, Jadim, Lilito, pro Moreira e mais um ou dois (não tenho tantos amigos assim pra encher um teatro). Deu vontade de ter trazido a Laura e o Mateus pelo cabresto. Vontade de avisar na Rádio Princesinha do Norte, no intervalo da novela ou na fauna do Amarelinho que Ná Ozzetti está cantando no Rival praticamente vazio nesta segunda. Está agora fazendo o Adeus batucada mais bonito que já se ouviu: mais que Carmem, mais que Ney, Dusek, Alaide, mais que Synval Silva, mais que ela mesmo no estúdio, é absolutamente irretocável, cristalino e vale perder o sono na segunda, o voltar mais cedo pra casa, o tempo com o Furustreco, só para ouvir, mil vezes ouvir, mil vezes guardar.
A gravadora Sony acaba de lançar um disco com novas versões da Arca de Noé. Meus filhos cresceram ouvindo as canções de Vinicius, comprei logo. Tem altos e baixos. Por exemplo, Seu Jorge fazendo a canção de abertura é meio apagado, ainda que correto. Quando Milton Nascimento cantava "e abre-se a porta da arca", sentíamos efetivamente a porta se abrir.
É com esse espírito que tenho ouvido cuidadosamente o disco de Gonzaga Leal, De mim. Suas versões de Arco do tempo e Show são mais sentidas do que as de Soraia Ravenle e Ná Ozzetti e agregam valor às originais. Com todo respeito às duas, passei a gostar mais dessas canções depois que Gonzaga Leal entrou nelas.

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