terça-feira, 4 de março de 2014

Algumas sugestões para Marcelo Fróes

O mais excitante que me aconteceu nesse carnaval até agora foi a centena de vezes que tentei passar da etapa 50 da Candy Crush Saga. Quando me refiro a agora, quero dizer segunda de carnaval, pois sei lá quando vai sair esse texto. Retornarei a ele algumas vezes como se fosse uma espécie de perfeccionismo às avessas.
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Não me lembro de Agostinho dos Santos nas rodas lá de casa. Mesmo depois que cresci, inclusive musicalmente, só lembro de algumas resenhas falando da bela voz, da morte num acidente trágico em 1973 no Aeroporto de Orly e da participação no Orfeu Negro. Muito pouco para fazer juízo.
Agora Marcelo Fróes resgatou parte da obra de Agostinho em ótimas masterizações numa caixa de cinco discos. Ouvi alguns. Ainda não dá pra fazer juízo, mas vou botar o meu na reta: acho que Agostinho era uma espécie de Emilio Santiago dos anos 60: a bela voz das resenhas, o repertório dos outros, arranjos tinindo de bons, incluindo o piano de Guilherme Vergueiro e ainda acrescento o compositor mediano. Mas prometo ouvir mais.
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Marcelo Fróes tem resgatado muito mais. Ainda nem abri as caixas do Miltinho, do Sérgio Ricardo, do Moreira da Silva, mas dá para perceber o esmero que ele tem com a canção brasileira.
Podia trazer de volta o primeiro do Elomar, o Taperoá do Vital, o Pássaros na Garganta da Tetê, o 2º da Clara Sandroni (o que tem Unicórnio), as antologias do samba canção do MPB4 e do Quarteto en Cy, etc, etc, etc.
Podia fazer caixas com os discos da Leny e do Zé Luiz Mazziotti dos anos 80, incluindo os da extinta gravadora Pointer.
Todos os discos da Cristina Buarque, uma autêntica biografia do samba.
Obras completas do Jacob e do Gonzaga que já foram remasterizadas, mas nunca saíram.
Marcelo podia trazer muito mais para nossos ouvidos.

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