segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Minha lista de fados corridos

A maior parte dos brasileiros, creio eu, quando ouve falar em fado corrido, imagina logo o Roberto Leal fazendo aquelas danças esquisitas. Nada tenho contra ele, nem sua dança, mas acho que o esteriótipo só serviu para atrapalhar o conhecimento da música. Eu comecei a gostar do fado corrido ouvindo os discos de Amália e Francisco José do meu avô. E nesse hiato de tempo entre o meu avô e Ana Moura, nunca deixei de gostar. 
E ontem, vindo para Salvador e estreando um novo fone de ouvido confortabilíssimo, vim ouvindo meus fados corridos.
Começa com O namorico da Rita (Kátia Guerreiro) e segue com sua contra prima A Bia da Mouraria (Carminho). No final ninguém fica sabendo qual das duas ficou com o Chico, mas acho que foi a Bia. 
O Chico continua infernizando as moças na seguinte, a Rosa da Madragoa. Há duas Rosas da Madragoa entre meus fados corridos - uma com Mariza e outra com Raquel Tavares. A primeira é uma rosa mais atrevida.
Segue-se o Chico do Cachené, uma canção em que o autor dialoga com o intérprete ("chamou-me e disse Farinha, vou contar-te a vida minha, para saber como és") no trecho da letra feita para Fernando Farinha.
E Um Copo de Sol, um fado exaltação com Pedro Moutinho, seguida do Fado do 112, com Carlos do Carmo. O Fado do 112 é um fado corrido tristíssimo que fala dos olhares de mel na metade de um limão.
Maria Lisboa, eu preferi com Mariza, apesar de termos outras muito bonitas, inclusive a de Amália Rodrigues. O problema das escolhas não recaírem sobre Amália é a qualidade das gravações. Não fizeram uma masterização adequada e o som não ficou muito bom,
Depois vem O fado da señora com Maria do Céo. Adoro esse fado, meio falado em galego, é a cara da homenageada (Amália).
E aí uma sequência de Mariquinhas: a primeira, Vou dar de beber a dor, essa não tem outro jeito, tem que ser Amália. A Casa da Mariquinhas com Gisela João, novamente A casa da Mariquinhas com Teresa Salgueiro e A Mariquinhas vai à fonte com Kátia Guerreiro completam essa suíte. 
Colchetes d'ouro (Pedro Moutinho), Júlia Florista (Carlos do Carmo e Mariza), O Fado da Procura (Ana Moura) e Feira de castro (Mariza) são fados corridos já clássicos na minha seleção.
Terminamos com Rosa cor de rosa (Ana Moura) e Rosa Branca (Mariza).
Meu ouvido tinindo de satisfação e o avião quase pousando.


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