domingo, 21 de setembro de 2014

Solvitur ambulando ou a história mal dormida de uma viagem




Em Joinville, jantamos no Santa Mistura. Um bacalhau inimitável, só comparado ao bacalhau do Caçarola da Rosário. Os tempos passaram implacavelmente, mas Joinville ainda tem seus encantos. Lembrei do Hotel Anthurium, hoje um espigão. 
Não há vôos diretos para Joinville. Fizemos duas paradas em São Paulo. Acho que passo mais tempo em Congonhas do que na minha casa. 
Quando estou com saco, vou à Kopenhagem e tomo um cappuccino. Leio, invariavelmente, todos os jornais que posso, a Folha sempre.Gosto muito da Ilustrada, mas é triste perceber como meus ídolos Angeli e Laerte perderam a graça.
E li também nos aviões ou nos aeroportos,o excepcional novo livro de contos de Sérgio Santanna, O Homem mulher, Mostrei o primeiro conto para Karla Blue, ela ruborizou. E estou lendo A loura de olhos negros, de Benjamin Black, na verdade John Banville.
Levo todos os segundos cadernos que não leio em casa (na verdade, todos mesmo). Tenho gostado muito de ler o Dapieve. Quando não fala de política e do Botafogo, é excepcional. A crônica Redemoinho me levou aos novos tenores e ao hit "E lucevan le estelle". Jonas Kaufmann não saiu mais da agulha. Procure na rede. É um aprendizado.
É muito bom saber que, mesmo tendo ouvido tanta música, ainda sou um aprendiz. E que, de vez em quando, Arthur Dapieve e a Itunes Store me salvam.

Em Salvador, jantei no Amado e na Casa de Teresa (foto acima). Duas aulas de lugares e sabores. E uma cocada de forno de comer ajoelhado.
Tive insônias terríveis no Bahia Othon Palace e sua velha  televisão de 29 polegadas. Meu pendrive queimou.



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