segunda-feira, 15 de julho de 2019

Cá vou à vida


"O ardinita, o João 
Levantou-se muito ledo
Porque tinha de estar cedo 

À porta da redação.

Trincou um naco de pão 
Que lhe coube muito bem
Antes de partir, porém 
Beija a mãe adormecida
Dizendo, cá vou à vida
Oh minha mãe, minha mãe""



Hoje acordei ouvindo Raquel Tavares, o Ardinita. Planejei isso ontem na hora de preparar o despertador. Está frio em São Paulo e essa canção é uma armadilha para meus olhos secos. Não pude deixar de voltar pelo menos quatro vezes e em cada uma, lacrimejava mais um pouco.
São tempos difíceis esses.
Uma enorme perda de tempo nos aeroportos toda semana. Quando tudo dá muito certo, são 3 horas pelo menos que me separam de São Paulo. Isso há oito anos. Seis horas por semana há oito anos, vai fazendo as contas! E isso quando tudo dá certo.
Esse ano estreei a falta de ar, a falta de dentes, mas melhorei muito a paciência. Só os aeroportos me destroem.
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E agora essa preciosidade do Dapieve: cem crônicas afetivas de música. As 20 primeiras, de rock, mandei de um só trago. Estou com dificuldades com as 20 adiante, de rock brasileiro. Nunca ouvi a Plebe Rude, o Rappa, agora acho que vai ficar meio tarde.
Tenho ouvido Kátia Guerreiro (tristeza velha), Época de Ouro (que bom saber que está de volta), Boca livre (é bonito o disco novo),  Sérgio Santos, Zélia, e especialmente, Adriana Calcanhotto (Margem, tristíssimo).
E mais a mais, o fado me levou há muito tempo. Quando sobra tempo, é Camané e Marceneiro que ouço. Já não há mais tempo para a Plebe.
Mas, sim, o livro é uma delícia de aprendizado, uma pintura.
Tenho dificuldade para ler o segundo caderno às sextas. Que falta faz o Dapieve!
O livro preenche em parte essa falta. Provavelmente já terei lido aquelas crônicas todas. Mas tudo parece novinho.

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