quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sobre a morte como escolha.

Ando tão à flor da pele que até matéria da Veja sobre o novo código de ética médica me faz chorar. Argh!!! Até a Veja anda lavando meus olhos! É a vida! A matéria fala da morte como escolha para pacientes terminais, tema revisto pelo novo código de ética médica. Ali aparecem depoentes terminais oncológicos, imunodeprimidos, moribundos, agoniados. Já tinha discorrido aqui sobre os obliviados de Ana Hatherly. Sei que são situações diferentes, mas ambas tratam do mesmo direito: o de escolher a forma de ir. No fundo, a alma pode doer mais do que as feridas de um sarcoma incurável.
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Por outro lado, tenho me deparado com um sem número de solicitações inúteis de exames de imagem que não levam a lugar nenhum. O médico perdeu a noção do exame físico como ferramenta principal de diagnóstico e sai solicitando ressonâncias, tomografias, o que puder para livrá-lo do diagnóstico feito por ele mesmo. Isso não está em discussão no novo código de ética médica. Na verdade, a questão passa por uma situação delicada: a da educação médica continuada. Até que o médico reaprenda a examinar o paciente e fazer a solicitação adequada, não adianta negar, rever, glosar. É necessário mais do que uma simples auditoria.

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