sábado, 22 de janeiro de 2011

Os silêncios de Odete Lima

Feriado de São Sebastião em Miracema, gozando do prazer e do tédio de estar só não fazendo coisa alguma, a não ser ver televisão e dormir. De noite, Didi vem pra cá e ficamos conversando. Ontem, sem querer, ela me trouxe Odete Lima de volta. E daí me lembrei que, além de todos esse cenário espreguiçante miracemense, Odete Lima me dava seus silêncios. E como eram acalentadores aqueles silêncios de Odete Lima! Como me tranquilizavam o latir dos gansos de manhã cedo, a farra dos patos e dos marrecos, a calma das águas do açude em frente da casa. E os banhos noturnos na piscina que escondem histórias de virar uma noite, os churrascos no coreto, as noites de violão e canto. As crianças ainda ficavam comigo sempre que eu vinha e era bom fazer parte de tudo aquilo. Por um momento, fui transportado praquele acordar silencioso de Odete Lima. Pras pequenas coisas que se perde e não voltam nunca mais.

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