domingo, 27 de fevereiro de 2011

Discos de fevereiro

DISCO DO MÊS: Osvaldinho e Marisa Viana, Viva Elpídio - pelo conjunto da obra, foi o disco que ficou mais tempo no shuffle esse mês. O bom gosto nos arranjos, as boas interpretações, e principalmente, a ótima idéia de trazer luz à obra de Elpídio dos Santos, compositor dos filmes de Mazzaropi e também de maxixes, boleros, sambas de breque e outras modas. Tão Brasil!

GismontiPascoal, André Memahri e Hamilton de Holanda - depois do estupendo Contínua Amizade, Andrè e Hamilton fizeram um mais bonito ainda. Egberto e Hermeto merecem!

Bill Frisell e Vinicius Cantuária, Lágrimas mexicanas - depois de uma longa ausência, esperava coisa melhor de Vinicius Cantuária, que dividiu com Chico umas das canções mais bonitas da década de 80 - Ludo Real. Ouvi o disco poucas vezes no aleatório e me pareceu coisa pasteurizada.

Lucas Santanna, Sem nostalgia - esse disco sofreu da Síndrome do Disco Alardeado, fenômeno que ocorre quando a imprensa saúda um disco como se fosse o disco da década. Eu fui lá, ouvi e não achei nada de pronto. Agora, ouvindo com mais tranquilidade, gostei do disco. Ótimo violão, boas canções, nada de píncaros, mas um bom disco.

Kátia Guerreiro, 10 anos nas asas do fado - Kátia está no rol das melhores cantoras de fado da atualidade. Aqui ela repassa dez anos de carreira, muito bem acompanhada e com repertório refinado.

Anne Calvi - resenhada por muitos, a nova cantora inglesa canta bem, sabe escolher a cozinha e fez um ótimo disco.

Tabaré Leyton, La factoria del Tango - novos cantores de tango são raros. Conheci alguns. Os que mais gosto são Daniel Melingo e Cristóbal Repetto. Pelo menos até hoje. De Repetto, nunca consegui o disco. Está esgotado em Buenos Aires. Procurei exaustivamente até o vendedor da Livraria Ateneo me indicar um bar disqueria chamado Notorius, que de nada adiantou. Mas o amigo da Tango's Store me apresentou esse cantor uruguaio Tabaré Leyton, que acabou de lançar seu primeiro disco. Um achado! Tem o Tomo y obligo mais bonito que já ouvi. Surpreendeu-me ontem chegando à Praça XV e fui repetindo até em casa. Devo ter ouvido umas 15 vezes seguidas. Começa com um arranhado de vinil velho e um duo de guitarras ponteia a canção até o final. No final, você agradece por ainda existirem música e esperança e por haver ainda muito que ouvir.

Bibi Ferreira, Brasileira, Uma Suíte Amorosa - já comentado aqui. Bibi canta maravilhosamente, a Serenata de uma mulher, de Chiquinha Gonzaga e Paulo César Pinheiro. O resto me pareceu dispensável.

Zeca Pagodinho, Vida da minha vida - já comentado aqui. O disco tem mais altos do que baixos e Zeca continua em forma para cantar seus sambas.

Anne Sofie Von Otter e Brad Mehldau, Love songs - achei por acaso na arlequim e não precisa dizer muito. Voz e piano a serviço da sofisticação e do bom gosto.

Eugênia Melo e Castro, 30 anos de carreira - aprendi desde moleque, escutando Amália e Francisco José, que voz de português nasceu pro fado. Custei a gostar das récitas de João Vilaret e do rock de Pedro Abrunhosa. Mas bossa nova e samba canção, ainda não deu pro meu ouvido. Apesar do bom gosto e dos 30 anos, Eugênia ainda não me convenceu.

Radiohead, the king of limbs - não posso dizer nada desse disco. É provável que ele tenha sido detonado pela tecla fasf foward toda vez que entrava uma música. Tenho que ouvir com calma. Tallvez com Luisa.

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