quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cinco discos de 2011


"I wish I was in Carrickfergus, only for nights in Ballygrand
I would swim over the deepest ocean, the deepest ocean for my love to find
But the sea is wide and I cannot swim over and neither have I wings to fly
If I could find me a handsome boatman to ferry me over to my love and die
My childhood days bring back sad reflections of happy times I spent so long ago
My boyhood friends and my own relations have all passed on now like melting snow
But I'll spend my days in endless roaming, soft is the grass, my bed is free
Ah to be back in Carrickfergus on that long road down to the sea
And in Kilkenny it is reported there are marble stones as black as ink
With gold and silver I would support her, but I'll sing no more now till I get a drink
I'm drunk today and I'm seldom sober, a handsome rover from town to town
Ah, but I'm sick now, my days are numbered so come all ye young men and lay me down"
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Chegou a hora das indefectíveis escolhas. Todo ano é assim. Aqui no desconversa adotei o critério de escolher cinco. Pra 2011, ficou muito pouco, mas não fugirei da ingrata.
Os indicadores para escolha dos melhores discos são: tempo de permanência no Itreco, número de canções migradas para as canções de afeto e a sensibilidade do escriba. Nessa lista aí embaixo, bateram na trave os discos de Amélia Rabelo (A delicadeza que vem desses sons), Fabiana Cozza, Adriana Calcanhoto (O micróbio do samba), Água de moringa (Obrigado, Joel) e Tabare Leyton (La factoria del tango). Qualquer um desses poderia figurar entre os cinco. A escolha foi dura. Enfim, aí vão:
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Indivisível, Zé Miguel Wisnik - esse duplo atravessou o ano surpreendendo. Cada dia uma canção virava clássico. quase todas viraram canções de afeto. Refinadíssimas composições com Guinga, Luiz Tatit, Chico Buarque, Arthur Nestróvski e Wisnik cantando bonito.
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Chico, Chico Buarque
- um disco enxuto, cheio de altos. Pra mim não tem essa de Velho Chico, que as belas composições passaram. Procure ouvir com calma.
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Poesia Musicada, Dori Caymmi - as canções praieiras de Dori, letradas por Paulo César Pinheiro. Pra quem já tinha feito Mundo de dentro ano passado, esse só veio ratificar a excelência do trabalho.
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Dois selos e um carimbo, Deolinda - se há algum movimento de renovação do fado, esse deve passar pela música do Deolinda. O grupo faz um fado leve, despojado das dores do fado tradicional. Ignaras vedetas e Um contra o outro são dois achados que não saíram do Itreco em 2011.
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Boardwalk Empire, Trilha Sonora - Cada vez que via um capítulo da série, ficava babando com a música. Canções gravadas nos anos 20 por Billie, Sarah, Ella e outros bambas, ganharam versões irresistíveis. E a regravação de Carrickfergus por Loudon Wainwright Jr. já vale o disco.
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Monte sua discoteca desconversa: seguem os discos de 2008, 2009, 2010.

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